Rio Verde estampado no “Estadão”
O conflito entre a cana, o gado e outras culturas já chegou em cidades de grande potencial de produção agrícola e pecuária. Em Rio Verde (GO), com o apoio de 47 entidades, o prefeito Paulo Roberto Cunha (PP) aprovou na Câmara Municipal, em 2006, lei que restringe o plantio de cana a 10% da área agricultável da cidade. Como são 500 mil hectares, a cana só poderá ocupar 50 mil. No ano passado, só em Goiás a área plantada com cana aumentou 17%. Neste ano, ainda não há números exatos, mas calcula-se que o crescimento pode ter chegado a mais 25%. Ao todo, com algumas em processo de instalação, o Estado de Goiás já tem 27 usinas. Segundo o prefeito Paulo Roberto Cunha, o mais preocupante na expansão da cana é a interferência no modelo econômico da cidade, já consolidado com multiplicidade econômica. Só a Perdigão, que atua na área de alimentos, gera 6 mil empregos e tem um plano de expansão de R$ 500 milhões para os próximos cinco anos. Ao tomar a decisão de limitar a cana, o prefeito lembrou que perderia receita. Mas disse que preferiu agir assim, para evitar comprometer a multiplicidade de negócios na cidade. O Estado de São Paulo 28.10.2007