No hotel Rio Verde, raramente há quartos desocupados. Ao todo, são 46 unidades, em dois prédios, com dez quartos e 36 apartamentos. As diárias vão de R$ 12, para o quarto de solteiro mais simples, até R$ 70, para o apartamento em que cabem até cinco pessoas.
Segundo a recepcionista Vania Bispo dos Santos, “tem gente que chega e passa a morar no hotel até conseguir um trabalho e juntar algum dinheiro para pagar moradia”.
A própria Vania é uma “emigrada”, de Rondônia, que veio à cidade em busca de trabalho. “Vim há um ano e não penso em sair daqui. Recebi uma boa proposta”, diz, sobre o emprego no hotel. Vizinho ao Rio Verde, o hotel Ypê, com 25 apartamentos e 12 quartos, tem rotina semelhante. Segundo o gerente Francisco Furtado de Oliveira, o movimento é até mais intenso durante a semana, quando chegam os trabalhadores e representantes comerciais à cidade. O tempo médio de hospedagem varia entre três dias a um mês. “O problema é que quem chega aqui e começa a beber a água desta cidade se apaixona”, brinca Oliveira. Ele diz que este foi o seu “problema”. “Sou de Goiânia e estou aqui há cinco meses. Bebi a água, me apaixonei e agora não saio mais de Rio Verde.” Texto: Isabelle Moreira Lima http://colunas.g1.com.br/redacao/category/g1-na-rota-da-cana/