Foi aprovado hoje (09), em encontro realizado em Brasília, a adesão da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) ao Programa Nacional de Marketing do Leite. Cooperativas, indústrias e produtores de leite de todo Brasil vão participar do programa cujos objetivos são desenvolver o marketing institucional do produto, envolver a classe média nesse trabalho, lutar pela defesa do leite e dos seus derivados, acompanhar os projetos de lei junto ao Congresso Nacional, criar relacionamentos diversos com os meios de comunicação, além de promover os veículos de produtos lácteos, nacional e internacionalmente.
Outro objetivo importante do grupo é aumentar o consumo do leite de 140 milhões de litros para 180 milhões. Durante a tarde, foram discutidos os temas: marketing institucional do leite, perspectivas para o mercado de leite e de insumos, política setorial para o produto e acesso de cooperativas ao crédito. Na avaliação do secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Leonardo Veloso, que esteve presente no encontro, os resultados da reunião foram satisfatórios e demonstraram cenário favorável ao mercado de carne e, principalmente, de lácteos. Entre os fatores que contribuíram para esse quadro, segundo o titular, estão a pressão sofrida pelo mercado de biocombustíveis e da soja.
“Essa realidade ocasionou no aumento das demandas criou um ambiente favorável. Até a metade do ano, as perspectivas são de alta no preço do leite e produtos do setor”, ressalta Leonardo Veloso. Sobre a adesão da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) ao Programa Nacional de Marketing do Leite, o secretário afirma que ficou claro a integração entre a OCB, Ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, na busca por políticas consistentes. “O cooperativismo é fundamental nesse processo, para fortalecer as bases, oferecer condições aos produtores e consolidar ainda mais o mercado de lácteos do País”, finaliza.
Estiveram presentes no encontro, autoridades estaduais e federais, entre eles, o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel; o deputado federal, Silas Brasileiro - que representou o Ministro de Agricultura, Reinhold Stephanes – o presidente da OCB, Márcio Lopes, além de representantes do Banco do Brasil e da classe produtora de leite de diferentes estados brasileiros.
O Programa - Para a viabilização do programa, os associados terão que contribuir com 1,4 centavos por litro de leite produzido. No primeiro ano de vigência do projeto, as indústrias e cooperativas vão colaborar com 75% deste valor e os produtores com apenas 25%. Já no segundo ano, o percentual será dividido igualmente entre os associados (indústrias, cooperativas e produtores) e ficará a critério de cada organização a maneira de fazer o pagamento. No caso de cooperativa, ela pode cobrar dos seus associados, como também pode assumir o compromisso com recursos próprios.
No próximo dia 25, será realizada uma Assembléia para eleição do Conselho Diretivo do Programa, que será composto por 12 pessoas: três da classe industrial, três das cooperativas, três representantes dos produtores e um da área de insumo. De acordo com o que ficou definido no encontro de hoje, em seguida, será indicado um nome da área de marketing para gerenciar todo o processo.