A Prefeitura de Rio Verde, por meio da Secretaria de Saúde, informa que no dia 1º aconteceu o I Fórum Municipal de Saúde, organizado pela equipe do CMPCIRAS (Coordenação Municipal de Prevenção e Controle das Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde). O evento recebeu profissionais de diversas áreas e acadêmicos da área da saúde. Este evento aconteceu no auditório da UNIRV das 13h às 17h.
A mesa diretiva do evento contou com a presença das seguintes autoridades: Marlos Marques, diretor administrativo da UPA; Maria Aparecida Lobo, diretora administrativa do CAIS; João Batista Pedroza, coordenador da Vigilância Sanitária; Fernando Duarte, diretor do Hospital Municipal e Lucivaldo Tavares, vereador.
Para iniciar o Fórum foi ministrada uma palestra com o tema: SEPSE - uma responsabilidade de todos. Esta foi ministrada pela enfermeira coordenadora do CMPCIRAS, Cibelle Tavares. Nesta palestra a enfermeira coordenadora mostrou a importância do diagnóstico precoce da SEPSE e o quanto este agravamento infeccioso tem altos índices de óbitos no Brasil. Cibelle também mostrou como os hospitais de Rio Verde vem se empenhando em instalar a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), a qual fica exclusivamente voltada no controle infeccioso dos hospitais, dessa maneira trazendo mais segurança aos pacientes que precisam de utilizá-los.
Logo após foi ministrado outra palestra com o tema: Importância da Higienização das Mãos dentro de ambientes hospitalares, ministrada pelo enfermeiro chefe do Hospital Municipal e Universitário de Rio Verde, Thiago dos Santos. Nesta palestra foi mostrado aos profissionais presentes que a higienização das mãos é fundamental para baixar os riscos de infecção dentro dos hospitais e unidades de saúde. O palestrante também mostrou a maneira correta de lavar as mãos e quantas vezes por dia é necessário fazer isto. De acordo com Thiago, “todas as vezes que o profissional entrar em contato com pacientes é preciso que as mãos sejam higienizadas antes e depois do atendimento”. O enfermeiro ainda disse que “pode ser usado o álcool gel, mas, que é necessário intercalar o uso do álcool com o uso da água com sabão para a limpeza das mãos”.
Para finalizar o Fórum houve uma mesa redonda com integrantes das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de diversos hospitais da cidade e também a participação de Paulo Renato, coordenador do Programa Curativo em Domicílio onde os profissionais da área puderam trocar experiências e discutir sobre a importância de se manter bem baixo o nível de infecção hospitalar nos hospitais da cidade. Para Paulo Renato, “é muito importante que os curativos sejam bem feitos para que esses pacientes não retornem para o hospital com agravamento da doença ou até mesmo com SEPSE”. O coordenador do programa curativo em domicílio ainda disse que “através deste programa os profissionais ensinam os familiares dos pacientes a fazer de forma correta o curativo além de ter uma visita semanal para verificar se o curativo está sendo eficaz”. De acordo com Daniluze, enfermeira responsável pelo CCIH do Hospital Municipal, “quanto menos os pacientes permanecerem nos hospitais, menor será o risco destes contraírem uma infecção hospitalar”. Já a enfermeira coordenadora do CCIH do Hospital Santa Terezinha, Lúcia, disse que “o diagnóstico precoce da SEPSE faz com que a sobrevida do paciente seja mais garantida e que é fundamental a união da equipe para que este seja feito o mais rápido possível”.
Sobre a SEPSE no Brasil
A Sepse pode ser definida como uma resposta sistêmica a uma doença infecciosa seja ela causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários. Manifestando-se como diferentes estágios clínicos de um mesmo processo fisiopatológico, é um desafio para o médico de praticamente de todas as especialidades. É necessário que haja o reconhecimento e tratamento precoce. Assim, mesmo os profissionais não diretamente envolvidos em seu atendimento devem ser capazes de reconhecer os sintomas e sinais de gravidade e providenciar a referência imediata para que o tratamento possa ser feito.
As estimativas apontam a existência de aproximadamente 600 mil novos casos de sepse a cada ano no Brasil. Este cenário tem impacto direto nos indicadores de morbimortalidade, sendo que as consequências da sepse são responsáveis pelas causas de 16,5% dos atestados de óbitos emitidos, ou seja, em torno de 250 mil casos. Trata-se de um grande desafio para a saúde pública.
Fotos: Kelly Pimenta
Cibelle Tavares falando se como a SEPSE pode agravar a situação dos pacientes internados
Mesa diretiva do I Fórum Municipal de Saúde
Thiago dos Santos mostrando aos profissionais a maneira correta de lavar as mãos
Mesa redonda do I Fórum Municipal de Saúde