O secretário estadual da Agricultura, Leonardo Veloso, e presidente da Agrodefesa, Mauricio Faria, participaram na tarde desta terça-feira, dia 03 de abril, em Brasília, de um encontro com o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. A reunião aconteceu no Ministério, e participaram, além de Goiás, mais 15 estados e o Distrito Federal. Em pauta, a discussão sobre o combate à febre aftosa e a intensificação do trabalho da defesa sanitária.
Durante o encontro, foram apresentadas propostas para o plano de defesa sanitária conjunta. Entre elas, a intensificação das medidas de controle da doença nas fronteiras brasileiras e o emprego do Exército em apoio à fiscalização de animais, produtos e subprodutos nessas regiões.
Há dez anos Goiás recebeu o certificado de Zona Livre de Febre Aftosa. Conquista que não aconteceu por acaso, já que no Estado foram desenvolvidas ações intensas de vacinação e vigilância das fronteiras.
Mesmo assim, Goiás saiu prejudicado. Em virtude dos focos da doença encontrados ano passado nos estados do Mato Grosso e Paraná, a Office International Epizooties ( O.I.E) - responsável pelo combate e controle de doenças animais ligado à Organização Mundial do Comércio - proibiu a exportação da carne brasileira. O comércio só será permitido no momento em que o plano de controle de fronteiras for concluído.
O secretário estadual da Agricultura, Leonardo Veloso, ressaltou que Goiás representa hoje um exemplo para o País. "Hoje, somos referência e vamos manter nossa posição. Coloquei nossa estrutura à disposição do Ministério para que possamos participar do plano nacional de combate e fiscalização da febre aftosa. Estaremos integrados ao plano", concluiu. A Secretaria Estadual da Agricultura vai disponibilizar, via Agrodefesa, um veículo e cinco técnicos para auxiliar no trabalho de controle de fronteiras.
Leonardo Veloso cobrou ainda do ministro Reinhold Stephanes, providências em relação ao embargo comercial da carne suína goiana pela Rússia. O embargo foi protocolado ano passado e, de acordo com informações do Ministério, não se deve a questões sanitárias, mas comerciais. O Secretário recebeu do ministro o empenho de que o problema será solucionado. "Otimismo". Esta foi a palavra de ordem do secretário Leonardo Veloso após a reunião.
"Foi um encontro positivo. O Ministro mostrou que domina o assunto e que está aberto ao diálogo. Estou muito otimista. Acho que o agronegócio goiano só tende a se fortalecer.", conclui Leonardo Veloso.