O Brasil, desde a década de 80, vem lutando contra o HIV. Esse luta se dá por meio de criação de Serviço de Assistência Especializada DST/AIDS (SAE) onde o portador do vírus pode fazer o tratamento todo pela Rede SUS. Há também a criação de campanhas enfatizando a necessidade do uso da camisinha, principalmente em caso de sexo casual. Outro aspecto utilizado pelo Governo no controle desse vírus é o uso de testes rápidos, onde o paciente detecta ser ou não portador do vírus para assim, no caso de positivo, começar seu tratamento.
Para fazer esse controle o Ministério da Saúde, em 2014, divulgou o Boletim Epidemiológico do Departamento de DST - AIDS com o objetivo de contribuir para o monitoramento de casos de HIV e de AIDS e, com isso, fundamentar a compreensão dos cenários epidemiológicos nacional, regionais, estaduais e municipais.
De acordo com o Boletim 2014 DST/AIDS a distribuição proporcional dos casos de AIDS no Brasil por região mostra uma concentração dos casos nas regiões Sudeste e Sul, correspondendo a 54,4% e 20,0% do total de casos identificados de 1980 até junho de 2014. As regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte correspondem a 14,3%, 5,8% e 5,4% do total dos casos, respectivamente. Em relação ao Boletim DST/AIDS do ano de 2011, a região Centro-Oeste apresentou uma redução de 2,1% em relação ao total de casos apresentados para o Ministério da Saúde. Ou seja, menos jovens estão vivendo com o HIV.
O Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais estima, aproximadamente, 734 mil pessoas vivendo com HIV no Brasil no ano de 2014, correspondendo a uma prevalência de 0,4%. Na população de 15 a 49 anos, a prevalência é de 0,6%, sendo 0,7% em homens e 0,4% em mulheres. Entre os jovens de 17 a 21 anos do sexo masculino, a prevalência estimada em 2007 foi de 0,12% e 1,2% nos homens homossexuais. Isso não quer dizer que homens héteros estão livres do contagio, esses dados devem ser usados para mostrar aos jovens que ninguém está livre da possibilidade de contagio pelo HIV, a não ser para os jovens que usam camisinha regularmente.
Por isso, é fundamental que os jovens não baixem a guarda em relação as DSTs e a AIDS, pois, ainda há muitas pessoas infectadas que não sabem ou não aceitam o tratamento por aí. Prevenção sempre será o melhor remédio contra as DSTs e AIDS no Brasil.
Conheça o SAE Rio Verde
O Serviço de Assistência Especializada em DST/AIDS em Rio Verde possui 500 pacientes cadastrados. Destes 100 são jovens de 16 a 25 anos. De acordo com Lívia Carvalho, coordenadora do SAE há muito abandono de tratamento, por isso, é fundamental a prevenção.
Caso haja o interesse de fazer o teste do HIV o paciente deve procurar o Centro de Testagem e Aconselhamento, que é uma extensão do SAE, que fica no CAIS. Segundo Lívia, para os homens o SAE também disponibiliza um urologista para cuidar de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). E para as mulheres o SAE as encaminha para uma ginecologista no CAIS.
Já para as crianças de até dois anos, as quais são filhos de portadores do HIV, recebem o acompanhamento de infectologista e pediatra. Após dois anos de idade elas são encaminhadas para a pediatria do CAIS, mas mesmo assim continuam sendo assistidas pelo SAE.
Este serviço é composto de uma equipe multiprofissional que compõe: infectologista, nutricionista, dentista, assistente social, psicólogo, farmacêutico e enfermeira. Onde todos trabalham unidos para trazer qualidade de vida ao paciente que vive com o HIV ou que é portador da doença.
O SAE de Rio Verde fica na Rua Dário Alves de Paiva nº1123 e o telefone desse serviço é (64)-3620-2058.