Workshop revela que Goiás pode se tornar referência mundial
O Embaixador do Brasil em Paris, Sérgio Amaral elogiou o apoio dado pela Fieg, por meio de seu presidente, Paulo Afonso Ferreira, um dos responsáveis pelo encontro. Paulo Afonso aproveitou o momento para ressaltar a escolha de Goiás como pioneiro no projeto de compartimentalização. “Vamos alavancar nossa produção. Indústrias, empresas e governo estão juntos pelo progresso”, completa o presidente da federação.
O embaixador, Sérgio Amaral, acrescentou que a avicultura é hoje responsável por 35% das exportações de carne do país e que Goiás implantando esse novo sistema, se tornará referência mundial. Para fazer com que o projeto seja realidade é fundamental que os setores públicos e privados sejam parceiros. “Empresa e governo – estadual e municipal – precisam andar juntos. A cadeia funciona através das parcerias e por isso se torna importante esse encontro em Goiás”, explica.
O diretor da Organização Internacional de Epizootíase (O.I.E), responsável pelo controle da sanidade animal de produtos exportados, Alejandro Thiermann, afirmou que o estado de Goiás será pioneiro, no mundo, na implantação do sistema de compartimentalização aviária. O projeto piloto foi instalado na indústria Perdigão, na cidade de Rio Verde, região sudoeste do estado, e foi aprovado pela Organização.
Alejandro foi o responsável por mostrar as vantagens de implantar a compartimentalização no Estado. Ele conduziu o workshop e esclareceu as dúvidas dos produtores. Segundo a zssociação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (ABEF), o conceito de compartimentalização pode ser entendido como o isolamento de uma unidade ou um conjunto de unidades produtivas, de acordo com sistema rigoroso de normas de bio-segurança.
Assim como a Associação, a OIE e vários países exportadores e importadores reconhecem o método como o mais apropriado para proteção da indústria aviária de possíveis enfermidades. De acordo com a Organização, parece vantajoso estabelecer e manter uma subpopulação de animais com status sanitário diferente dentro de suas fronteiras. Isso por causa da dificuldade em estabelecer e manter o título de país livre de enfermidades, principalmente aquelas cujo controle nas fronteiras é mais difícil.
A visita da O.I.E em Goiás prova que o Estado apresenta infra-estrutura adequada para a implantação da compartimentalização, além disso, oferece serviços veterinários sólidos e com credibilidade. Outro fator que precisa ser obedecido é o sistema de vigilância, que deve ser competente e capaz de cumprir as exigências estabelecidas no Código Terrestre da OIE.
Com o cumprimento das exigências, Goiás pode sacramentar a implantação da compartimentalização. O processo tornará o Estado livre de qualquer enfermidade, além de garantir a segurança e qualidade dos produtos. Com a implantação, será disponibilizados recursos estaduais, federais e internacionais para a execução das várias etapas do projeto. Seagro