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postado em 20 set 2010 em Secretaria de Saúde

Secretaria de Saúde realiza Fórum e Capacitação para combate e prevenção da Sífilis Congênita

Com a finalidade de avançar nas medidas de prevenção, a Prefeitura de Rio Verde, por meio da Secretaria de Saúde e Programa Municipal de DST/Aids e Hepatites Virais de Rio Verde promovem nos dias 22 e 23 de setembro, o I Fórum de Debates e Discussões das Metas a serem implantadas no município e a III Capacitação de profissionais da saúde para a sífilis juntamente com a Coordenação da Atenção Básica e Gestor Municipal.

O I Fórum acontece no auditório da Fesurv, bloco I e tem como objetivos: identificar a situação epidemiológica da sífilis no município e implementar a vigilância epidemiológica por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN); apontar as dificuldades existentes nas unidades de atenção básica que inviabilizam a prevenção; definir as metas de redução da transmissão vertical da sífilis e sífilis congênita a serem atingidas pelo município no ano de 2011; discutir e elaborar as ações de prevenção a sífilis a serem implementadas nas Estratégias Saúde da Família (ESFs) do município. O Programa Municipal de DST/Aids e Hepatites Virais espera com este fórum a estruturação de uma rede integral de prevenção da transmissão vertical da sífilis por meio de uma aproximação entre a Atenção Básica do município.                                                                                 Cronograma de atividades:   1ª Fase – Capacitação Profissional Carga horária: 4 horas Dia: 22/09/10 Mesa-redonda Situação atual e dificuldades no Controle da sífilis em Rio Verde-GO     7h30 – 8h Entrega de Material 8h – 8h30 Abertura Oficial   8h30 – 9h Sífilis como problema de saúde pública: conceito, classificação e epidemiologia Berenice Moreira Enfermeira do Programa Municipal de DST/Aids   9h – 9h20 Diagnóstico: testes treponêmicos e não treponêmicos – interpretação dos resultados Cristhiane C. M. Oliveira. Biomédica do Programa Municipal de DST/Aids   9h20 – 9h50 Tratamento da sífilis em gestantes e em crianças com sífilis congênita Nívia C. Ferreira Médica Infectologista e Coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids 9h50 – 10h10 Intervalo 10h10 – 10h30 Vigilância epidemiológica: a importância da notificação Marina Porto Ferreira Enfermeira do Núcleo de Vigilância Epimiológica dr Rio Verde-GO 10h30 –11h Ações de combate a Sífilis na Esfera Municipal Paulo Faria do Vale Secretário Municipal de Saúde  11h -11h30 Plenária para Discussões.   2ª Fase – Fórum Carga horária: 4 horas Dia: 22/09/10 Elaboração das ações de prevenção a sífilis a serem implementadas na Atenção Básica do município de Rio Verde em 2011. 13h-14h  Identificar pontos fortes (positivos) da unidadeMomento em que as equipes deverão discutir quais pontos são positivos dentro de suas unidades e que poderão reforçar a implantação das metas. 14h -15h Identificar pontos fracos (negativos) da unidadeDiscussão das dificuldades presentes nas unidades e que acabam comprometendo o trabalho de prevenção da sífilis. 15h-17h Redação das metas a serem atingidas em curto e em longo prazo em formulário específico.Elaborar as metas a serem implantadas em cada unidade de acordo com sua realidade. Deverão ser elaboradas metas para cumprimento em curto prazo (6 meses) e a longo prazo (12 meses).   3ª Fase – Fórum Carga horária: 4 horas Dia: 23/09/10 Apresentação e discussão das metas a serem implantadas no município de Rio Verde à mesa diretiva. Mesa diretiva: Coordenação Estadual de DST/Aids, Secretaria Municipal de Saúde, Coordenação Municipal de DST/Aids e Coordenação Municipal da Atenção Básica. 8h-11h30 Cada unidade apresentará suas metas.A equipe deverá escolher um representante para apresentar as metas, na seqüência as Coordenações discutirão a viabilidade de realização destas metas com a participação de toda a plenária. 11h30-12h Encerramento  Cada unidade participante deverá encaminhar ofício (3 cópias) com as metas discutidas no Fórum ao Serviço de Assistência Especializada (SAE) em sete dias. O cumprimento das metas será avaliado após 6 meses e 12 meses (escolher as datas para realização dos encontros de avaliação).   O terceiro sábado de outubro foi determinado como o Dia Nacional de Combate à Sífilis. Segundo dados do Serviço de Assistência Especializada (SAE) foram registrados 31 casos da doença em gestantes no ano passado e cinco ainda este ano.  A sífilis é uma doença que perdura por vários séculos, e grandes avanços foram obtidos desde o seu início como a identificação de três estágios da doença no séc. XVIII por Philipe Ricord; reconhecimento do Treponema pallidum como agente etiológico da doença pelos pesquisadores alemães Fritz Richard Schaudinn e Paul Erich Hoffmann em 1905, a cura sendo possível a partir da descoberta da penicilina em 1928 pelo bacteriólogo britânico Alexander Fleming e em 1943 John Mahoney demonstrou a eficácia da penicilina no tratamento da sífilis. Após a II Guerra Mundial, com o uso da penicilina houve um imenso declínio da sífilis no Brasil e no mundo. No entanto, o controle da doença nunca foi conseguido e a sífilis continua atingindo milhões de pessoas no mundo todo. Em 1993, o Ministério da Saúde do Brasil implantou o Projeto de Eliminação da Sífilis Congênita (SC) como um problema de saúde pública, de acordo com a proposta de controle do agravo nas Américas formulado pela Organização Mundial e Pan-americana de Saúde, definindo o seu alcance com a meta de uma incidência menor ou igual a 1 caso / 1.000 nascidos vivos. Em 2005, o Ministério da Saúde (MS) avaliando as metas desse projeto, verificou que apesar dos esforços a meta de eliminação não foi alcançada e a sífilis congênita permanece como um problema de saúde pública no país. Embora seja doença de notificação compulsória desde 1986, foram notificados ao MS, no período de 1998 a 2008, apenas 46.530 casos de sífilis congênita, demonstrando assim o grande sub-registro e subnotificação desse agravo, com uma incidência mediana de 1,8 por 1.000 nascidos vivos.Nesse contexto, a transmissão vertical da sífilis ainda é um grande problema de saúde pública para os municípios brasileiros, necessitando de ampla discussão e elaboração de políticas públicas de saúde, no sentido de eliminar a sífilis congênita. Assim espera-se uma redução nas taxas de transmissão vertical da sífilis, melhoria da qualidade na atenção ao pré-natal e puerpério e a eliminação da sífilis congênita.

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