Agradecimentos e reconhecimento pelo trabalho realizado marcaram a abertura da 1ª Conferência de Saúde Mental em Rio Verde. O coordenador do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II e médico psiquiatra, José Victor Bicalho agradeceu sua equipe pela organização do evento, ao secretário de saúde, Paulo do Vale por conceder a oportunidade de sua concretização e ressaltou o trabalho da terapeuta ocupacional e supervisora técnica do CAPS Beija-flor de Goiânia , Carlene Borges Soares. “Agradeço sua preocupação em supervisionar o serviço em saúde mental, se deslocando de Goiânia para nos visitar”.
O médico e vereador Oduvaldo Ribeiro parabenizou o secretário de saúde pela 1ª Conferência de Saúde Mental a ser realizada no município e lembrou que problemas mentais não escolhem pessoas por sexo, idade e classe social, por isto a necessidade de todos participarem.
Em seu discurso, Paulo do Vale disse que cabe aos gestores facilitar o trabalho dos profissionais de saúde e que políticas públicas devem ser debatidas. “A conferência possibilita a população o direito de opinar para que possamos melhorar a assistência em saúde mental”. De acordo com o secretário, as sugestões serão acolhidas na Conferência Nacional em Brasília. “E que estas políticas venham para qualificar a saúde pública mental no Brasil, precisamos de recursos financeiros para prevenção, promoção e contratação de mais profissionais”.
O secretário lembrou enfatizou ainda a necessidade da implantação de mais unidades do CAPS, pois o município atende hoje menos de 10% de usuários. Para ele o município precisa ter uma cobertura de 100% e que o Ministério da Saúde já sinalizou a criação do CAPS AD (Álcool e drogas).
Segundo a terapeuta ocupacional, Carlene Soares, a Conferência surgiu em um contexto nacional devido à necessidade de se discutir os avanços no tratamento e a reinserção social dos portadores de doença mental. A Conferência Estadual está prevista para o início de maio em Goiânia e no final de junho acontece a 4ª Conferência Nacional de Saúde Mental em Brasília.
Saúde Mental
A rede de saúde mental pode ser constituída por vários dispositivos assistenciais que possibilitem a atenção psicossocial aos pacientes com transtornos mentais, segundo critérios populacionais e demandas dos municípios. Esta rede pode contar com ações de saúde mental na atenção básica, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços residenciais terapêuticos (SRT), leitos em hospitais gerais, ambulatórios, bem como com Programa de Volta para Casa. Ela deve funcionar de forma articulada, tendo os CAPS como serviços estratégicos na organização de sua porta de entrada e de sua regulação.
2) Rede de atenção psicossocial de acordo com o porte dos municípios.
Os CAPS podem ser de tipo I, II, III, Álcool e Drogas (CAPS AD) e Infanto-juvenil (CAPSi).
Os parâmetros populacionais para a implantação destes serviços são definidos da seguinte forma:
Municípios até 20.000 habitantes - rede básica com ações de saúde mental
Municípios entre 20 a 70.000 habitantes - CAPS I e rede básica com ações de saúde mental
Municípios com mais de 70.000 a 200.000 habitantes - CAPS II, CAPS AD e rede básica com ações de saúde mental
Municípios com mais de 200.000 habitantes - CAPS II, CAPS III, CAPS AD, CAPSi, e rede básica com ações de saúde mental e capacitação do SAMU.
A composição da rede deve ser definida seguindo estes parâmetros mas também atendendo a realidade local.