Profissionais do setor reclamam que falta renda para o pecuarista manter a produtividade em nível satisfatório. Descontada a inflação, o aumento nominal da arroba do boi em 2006 foi de 1,06%. Há três anos, os custos aumentaram bem mais que a arroba, sendo que em alguns Estados o boi acumulou desvalorização no balanço do ano. Em Goiás, a queda no preço médio ponderado pago aos produtores pela arroba foi de aproximadamente 2%. O problema já vem se prolongando desde 2003.
A média nacional de aumento dos custos é de 4,5%. Conforme a pesquisa nos nove Estados pesquisados (que abrangem 80% do rebanho nacional), a arroba do boi gordo, na média ponderada, dos Estados da pesquisa, valorizou apenas 1% – em termos nominais. Isso se levado em conta a inflação de aproximadamente 3,5%. Entre as localidades onde foram registradas as maiores altas nos custos estão São Paulo (7,82%), Rio Grande do Sul (7,48%) e Mato Grosso do Sul (6,95%).
As variáveis que mais contribuíram para alavancar os custos de produção são a folha de pagamento, a vacina, o combustível e a suplementação mineral. O salário mínimo subiu 16% no ano passado. Apesar de muitas pessoas que trabalham no setor não ganharem só isso, a indexação é forte. Já a vacina subiu 8,82% e o petróleo teve alta de 6% em relação a 2005.