Nesta quarta, 13, Rio Verde sediou a 15ª Reunião de Mobilização para o Combate à Dengue do Estado de Goiás. A Prefeitura de Rio Verde, por meio da Secretaria de Saúde e Regional Sudoeste I recebeu a visita da Caravana Contra a Dengue, que contou a presença do secretário estadual de saúde, Antônio Faleiros Filho.
O evento teve como objetivo reunir as autoridades dos 17 municípios que compõem a Regional Sudoeste I para discutir a situação epidemiológica na região, além de promover um maior empenho dos municípios para garantir resultados mais positivos. Segundo a gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Magna Maria de Carvalho, a dengue é um dos principais desafios para a saúde pública, não só no Estado, mas em todo o país, já que o clima brasileiro é propício à proliferação do mosquito transmissor. Em 2010, houve a maior epidemia de Dengue dos últimos anos. O Estado de Goiás registrou mais de 115 mil casos, além de 92 mortes. A Regional Sudoeste I apresentou 6% dos casos no Estado, com 5.314 notificações, sendo que 80,03% dos registros concentraram-se em três municípios: Rio Verde (53,04%), Acreúna (21,74%) e Quirinópolis (7, 25%). De acordo com Magna, atualmente todas as pessoas sabem o que é a Dengue, desse modo, “o nosso grande desafio é transformar o conhecimento que a população já possui sobre a doença, em ações de combate”. Em seu discurso, o secretário de saúde, Paulo Faria do Vale, fez questão de cumprimentar primeiramente a equipe dos agentes de combate a endemias, no qual chamou de “infantaria”, devido ao intenso trabalho de combate ao “vilão” da Dengue. O Secretário agradeceu a dedicação de todos os envolvidos nas ações de controle da doença. Para Paulo do Vale, a preparação dos profissionais de saúde é essencial para o combate à Dengue. “Falamos muito em mosquito, dengue, vírus. Mas é preciso falar também em assistência, no trabalho da equipe da saúde, em agilidade no atendimento”, enfatizou. O Secretário lembrou ainda as ações realizadas em Rio Verde, no ano de 2009, com a criação do personagem Xerifinho e a redução de 92% dos casos em relação a 2008. “Acredito que nos próximos anos, vamos diminuir cada vez mais o índice dos casos”, ressaltou. Para a médica infectologista e coordenadora do Programa DST/Aids, Nívia Cristina Ferreira, como houve poucos casos de dengue em 2009, a população se acomodou, o que explica a epidemia da doença em 2010. O secretário Estadual de Saúde, Antônio Faleiros Filho, afirmou que realmente nos habituamos com a dengue, que passou a ser encarada como natural. O secretário relembrou o episódio do acidente do Césio – 137, que resultou na morte de quatro goianos, causando grande comoção. “E a morte de 92 pessoas por dengue no ano passado? Isto não pode ser dado como normal”. Segundo Faleiros, a população muitas vezes não se engaja nesta luta porque acredita que o próprio governo não se envolve. “A saúde deve assumir a responsabilidade para que seja dado o exemplo aos cidadãos, do papel de cada um no combate à Dengue. As ações devem ser realizadas em conjunto, e, principalmente, com envolvimento e apoio da educação, através dos alunos, como agentes mirins”. Faleiros finalizou ressaltando que todo dia é dia “D” em combate à Dengue, e que como secretário de saúde de Goiás pretende contribuir na erradicação de vários problemas de saúde pública e a Dengue é um deles. Fotos: Washington Oliveira Representantes da saúde pública de 17 municípios participaram da reunião Nívea Cristina acredita que os números de dengue aumentaram porque a população se acomodou Secretário Paulo do Vale crê na redução dos índices Para Faleiros, dengue não pode ser encarada como natural Autoridades municipais, regionais e estaduais compuseram mesa diretiva do evento Juraci Martins, Antônio Faleiros, Paulo do Vale, Levy Rei de França, João Bosco