Professores da rede municipal e Estadual de ensino participam durante todo o dia de hoje, 29, de várias oficinas do projeto Rios Voadores.
O encontro acontece na subsecretaria regional de Educação de Rio Verde.
O projeto ambiental Rios Voadores busca capacitar os professores de ciências e geografia da rede pública de ensino para que os educadores entendam a relação entre o deslocamento das massas de vapor de água provenientes da Floresta Amazônica e a ocorrência de chuvas no estado e em outras regiões brasileiras.
O projeto já passou por vários estados brasileiros, dentre eles Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal e agora chega a Goiás. E de acordo com levantamento do Rio Voadores, desde 2010, o projeto alcançou 4 mil professores e 675 mil estudantes.
A capacitação dos docentes está sendo realizada pela professora Daniele Furtado, sob a coordenação do idealizador do projeto Rios Voadores, Gérard Moss.
De acordo com Daniele, o propósito em dedicar a educação ambiental, é difundir conhecimentos sobre o fenômeno meteorológico Rios voadores, a importância da preservação da Floresta Amazônica e sua influência sobre o regime de chuvas local e nacional, para inserir a temática na sala de aula.
Durante a explicação, Daniele mencionou que os Rios voadores são formados por massas de ar carregadas de vapor de água que tem sua origem no Oceano Atlântico e são propelidos pelos ventos continentes adentro. Essas massas de ar passam por cima de nossas cabeças transportando essa umidade que, após cada chuva na floresta, é transpirada pelas árvores e levada novamente adiante, chegando até outras regiões do Brasil e da América do Sul. Estima-se que a quantidade de vapor de água carregado pelas correntes aéreas, verdadeiros rios que voam, seja igual ou até maior que a vazão do próprio rio Amazonas, o maior do mundo.
A profª Daniele falou também sobre a importância da floresta amazônica no processo de evapotranspiração de água promovida pelas árvores, que bombeiam umidade para a atmosfera.
De acordo com pesquisas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), uma única árvore de médio porte, com uma copa de 10 metros de diâmetro, é capaz de colocar na atmosfera, em um único dia, mais de 300 litros de água, em forma de vapor. Portanto, a quantidade de água que a floresta Amazônica inteira bombeia em 24 horas é estimada em mais de 20 bilhões de toneladas de água.
Para a professora, é essencial que os educadores reflitam sobre a influência da floresta amazônica e que simplifique a linguagem científica para aumentar o conhecimento do público, e se tornem multiplicadores do conteúdo e informação.
Sobre o Projeto
O Projeto Rios Voadores, está inserido desde 2007 no Programa Petrobras Socioambiental, as ações de pesquisa científica começaram a coletar amostras de vapor de água em voos realizados acima da floresta amazônica em um pequeno monomotor. As amostras foram analisadas por cientistas do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) em Piracicaba-SP, e o projeto também mantém parceria com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).
Fotos:Jeanne Barreto
Projeto Rios Voadores capacita os professores da rede Municipal e Estadual de ensino