A Secretaria de Saúde, por meio do Programa Municipal de DST/Aids elaborou, em parceria com a Fesurv, um Projeto de Extensão denominado Projeto Educar DST/Aids que tem por objetivo ministrar palestras sobre prevenção de Aids em escolas e empresas.
O projeto conta com a participação de alunos voluntários, professores da FESURV dos cursos de enfermagem e psicologia e equipe multiprofissional do Programa Municipal de DST/Aids. Os alunos são previamente selecionados para a atuação nas atividades de prevenção em DST/Aids.
Neste sábado, dia 10, aconteceu a primeira capacitação para esses alunos, com o tema "Sociodrama Construtivista", ministrada pela psicóloga do Programa Municipal, Luciana Martins e pela professora de psicologia da Fesurv, Juliana Bom Tempo que participa do projeto.
O sociodrama construtivista da aids surgiu da articulação teórica e técnica de dois ramos de conhecimento – o Sociodrama e o Construtivismo social. A partir da filosofia existencialista do SOCIODRAMA, Zampieri, 1996, buscou o conhecimento da realidade no “aqui e agora”, para a implantação desse método preventivo de ensino. Busca assim, a desconstrução do que seja a Aids imaginária, em seus aspectos constitutivos de mitos, crenças e valores em relação à doença, sexo, gênero, drogas e morte; com seus significados contextualizados; pela externalização do tema protagonista Aids – por meio da concretização do cenário social onde se estabelece esse tema – pela dramatização dos vários papéis sociais e a busca de novas respostas, espontâneas e criativas, pretende chegar à apreensão da Aids biológica, seus meios de transmissão, sintomas e prevenção.
A primeira capacitação dos voluntários foi realizada no ano de 2009. A segunda etapa de capacitação será ainda em abril e consiste nas particularidades para a prevenção e tratamento das DST/Aids e funcionamento do programa.
A educação preventiva da Aids não pode ser resumida ao conhecimento de suas formas de transmissão e comportamentos de risco, mas dirigida aos grupos em suas especificidades de diferenças entre ser feminino ou masculino, na construção do que seja poder entre eles, do que seja sexualidade, fidelidade e parceria. A Aids deixa de ser uma doença grave compreendida por sua definição cientifica e biológica e passa a ser uma questão de interpretação e significação de uma rede complexa de entendimento da cultura brasileira.