Nos últimos anos, o número de pacientes com insuficiência renal crônica tem crescido no mundo e no Brasil. Alguns se referem à doença como a "nova epidemia do século 21". O aspecto mais preocupante é que o indivíduo pode ter a doença renal e não apresentar sinais ou sintomas que o alertem para o problema e só vir a descobrir a doença numa fase muito avançada, em que as alterações são irreversíveis.
No Brasil, estima-se que 1 milhão de pessoas tenha problemas renais, mas 70% não sabem disso.
Diabéticos e hipertensos
Essas constatações são motivo de cuidados em relação aos indivíduos que fazem parte de grupos de risco para o desenvolvimento de doenças dos rins, entre eles hipertensos, diabéticos e parentes de portadores de algumas doenças dos rins. Diabetes e hipertensão arterial são doenças freqüentes e correspondem às duas principais causas de insuficiência renal que leva à diálise no Brasil e em muitos países.
Hoje, cerca de 60 mil brasileiros fazem algum tipo de diálise (quase 90% desses estão em hemodiálise) e 25 mil foram submetidos a transplante renal, embora sabidamente milhares de outros precisem dessas duas modalidades de terapia de substituição renal. O diagnóstico precoce dessas alterações cria perspectivas de interrupção ou lentidão na perda de função renal. Em pacientes com diabetes do tipo dois e nefropatia manifesta, o risco de doença renal progressiva é alto.
Sintomas
Entre os possíveis indícios de doença renal estão pressão alta, inchaço nas pernas, anemia, fraqueza e desânimo, náuseas e vômitos freqüentes pela manhã, sangue na urina, dores lombares, cólicas renais causadas por cálculos e indícios de infecção urinária (dor, ardor ou dificuldade para urinar, urina mal-cheirosa ou turva, aumento da freqüência das micções).
Os rins regulam a pressão, filtram o sangue, eliminam as toxinas do corpo, controlam a quantidade de sal e água, produzem hormônios importantes para evitar a anemia e as doenças ósseas e eliminam excessos de medicamentos e outras substâncias ingeridas.