Foi realizada nesta sexta-feira, 27, uma reunião para incentivar o cultivo de produtos orgânicos de Rio Verde. O evento contou com a presença da vice-presidente da cooperativa de Goiás Orgânico, Márcia Nara Silva; do engenheiro agrônomo, Álvaro Pessoa, da Secretária Marion Kompier e de produtores de hortaliças.
Marion Kompier ressaltou que ainda não existe uma produção de hortaliças orgânicas em Rio Verde que seja certificada, destacando que o encontro representa o marco de um projeto para que o município possa ser, no futuro, referência em produtos orgânicos. “Este é um desafio que temos, porque precisamos de produção para atender esse mercado que tem crescido,” ressaltou. Segundo Márcia Nara, esse mercado não se restringe somente ao Brasil, já que produtos cultivados poderão ser exportados para outros países como, por exemplo, a Suíça. Em relação ao cultivo convencional, ela explica que existem muitos venenos que são utilizados no Brasil que foram proibidos nos Estados Unidos, por causa do perigo de contaminação. “Além de preservar o meio ambiente, os produtos orgânicos são mais nutritivos.” O engenheiro agrônomo, Álvaro Pessoa, evidenciou que a produção orgânica é uma mudança de mentalidade e de comportamento. “Não é só no ato de plantar que o produtor deve pensar em sustentabilidade. Quem faz esse tipo de produção valoriza a vida e o meio ambiente.” Para ele, o cultivo de hortaliças orgânicas não é maior por falta de informação e o pequeno produtor tem uma maior receptividade. “Os pequenos produtores lidam direto com o meio ambiente, por isso é mais fácil se adaptar a produzir sem agrotóxicos.” A lei Nº 10.831, decretada e sancionada em 23 de dezembro de 2003, delimita as produções orgânicas Lei Nº 10.831Art. 1o Considera-se sistema orgânico de produção agropecuária todo aquele em que se adotam técnicas específicas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e o respeito à integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia não-renovável, empregando, sempre que possível, métodos culturais, biológicos e mecânicos, em contraposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes, em qualquer fase do processo de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, e a proteção do meio ambiente Fotos: Washington Oliveira Esta reunião é o começo do projeto para a produção orgânica A equipe da secretaria de agricultura e produtores rurais participaram da reunião Álvaro Pessoa evidenciou que a produção orgânica é uma mudança de mentalidade. “Além de preservar o meio ambiente, os produtos orgânicos são mais nutritivos.” disse Márcia Nara