O prefeito Juraci Martins, durante missão goiana à China, em que participou de 06 a 16 de abril, descreveu a cidade aos chineses de acordo com o seu potencial econômico. Juraci apresentou os números envolvendo o município (180 mil habitantes, quinta cidade mais populosa de Goiás, terceiro PIB de Goiás, primeiro em pagamentos de impostos estaduais, nono PIB do Brasil e a primeira em produção de grãos do Estado de Goiás). Juraci Martins ainda fez um reconhecimento pela acolhida, organização e boa vontade dos chineses em relações comerciais com o Brasil, motivo pelo qual foi bastante elogiado em função da sensibilidade apresentada.
O secretário de Educação, Esporte e Lazer, que o acompanhou mostrou o potencial de produção de soja, aves e suínos, principalmente, de maneira sustentável. Levy fez uma análise da produção em relação à disponibilidade de áreas do município de Rio Verde, destacando que é possível ampliar a produção de maneira sustentável.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento de Goiás apresentou um vídeo sobre as potencialidades do Estado de Goiás. O Secretário destacou as oportunidades de negócios como hidrelétricas, logísticas, produção agrícola e etanol.
Oton fez uma referência especial sobre o novo horizonte que nasce com a Ferrovia Norte-Sul e toda a sua área de influência. Ele ressaltou a possibilidade de expansão da cultura da soja sendo que os recursos demandados seriam destinados ao custeio agrícola, ao investimento em novas plantas industriais, ao esmagamento de grãos e na melhoria da logística para escoamento da safra (Rodovias já existentes e novas ligações com a Ferrovia Norte-Sul). As áreas a serem utilizadas são de pastagens degradadas no processo de integração lavoura-pecuária sem a necessidade de quaisquer novos desmatamentos.
Já o secretário de Indústria e Comércio de Goiás, Luís Medeiros Pinto apresentou um projeto de investimento na área do etanol a partir da cana, acompanhando o traçado da Ferrovia Norte-Sul. Foram ofertados onze novos negócios para a produção de cana no lado norte do Estado e sugerindo as formas de participação por meio de Joint Venture, investimento direto e securitização.
Alécio Morostica, presidente da Comissão de Cereais da FAEG e Arno Bruno WEIS, representante do Sindicato Rural de Cabeciras,tambémfizeram referências em seus pronunciamentos destacando as potencialidades do Estado de Goiás.
A COMIVA, por meio de seu Diretor de novos negócios, Fernando Resende de Oliveira, apresentou um de investimento para financiamento de uma unidade industrial para esmagamento de soja e produtos para alimentação humana.
Benedito Rosa do Espírito Santo – Diretor de Assuntos Comerciais da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - destacou que o Brasil pode produzir soja e outros produtos sem a necessidade de utilizar áreas da Amazônia. O diretor deixou bem claro a preocupação do Brasil com a preservação da Floresta Amazônica. De acordo com ele, somente as áreas do Centro-oeste são suficientes para garantir o aumento da produção agropecuária.
O empresário ainda ressaltou a importância do mercado de carne de frango e suínos e evidenciou que a produção de suínos só não é maior por falta de demanda de países como a China. Recentemente, a China considerou o Brasil livre da Febre Aftosa melhorando a possibilidade de negociação e ampliação das exportações em função da diminuição das barreiras sanitárias.
O Brasil mantém relações comerciais com várias partes do mundo, tendo como destaques a exportação de soja, carne e etanol.
Para Benedito, as fórmulas de investimento no mercado brasileiro podem ocorrer por meio das seguintes formas:
1- Investimento direto pelos chineses, independente do poder público por meio da compra de terras. Lembrou, ainda, que o Brasil não impõe restrições quanto à aquisição de áreas no Brasil. Os estrangeiros que investiram recursos no Brasil são tratados da mesma forma que os brasileiros; 2- Contrato com fazendeiros, auxiliando com recursos financeiros na produção, recebendo soja na colheita; 3- Parceria entre cooperativas e empresários chineses. O referido diretor finalizou destacando que a China e o Brasil têm muitas demandas complementares que podem fortalecer, ainda mais, a relação entre os dois países. Agenda Oficial - A agenda oficial da Missão à China, realizada entre 06 e 16 de abril, contou com seminários para o público chinês e rodadas de negociação. Durante os seminários, os participantes fizeram seus pronunciamentos e na rodada de negociação foram feitos contatos diretos entre brasileiros e chineses. Essa rotina ocorreu em Xangai, Hong Kong e Pequim. Todos os trabalhos foram acompanhados pela equipe da Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) e dos representantes da embaixada do Brasil em cada cidade. Em Xangai, foi feita uma visita ao Porto de Águas Profundas, que fica em uma ilha a 32 km do litoral. Foi uma opção utilizada por Xangai para desafogar o litoral dos navios de grande porte, concentrado em um local afastado e mais adequado com águas mais profundas. Em Hong Kong, a agenda contou com uma reunião com a equipe do HKTDC Hong Kong (Trad and Development Council), onde este conselho destacou a presença de Hong Kong como a porta de entrada da Ásia e a localização estratégica, já que está estrategicamente localizado a cinco horas de avião de metade da população do mundo. Em Pequim, a agenda contou com visita à CAIDCO (China Agricultural International Development Corporation), instituição subordinada a governo chinês que fomenta e produz grãos e recursos marinhos, empregando mais de 80.000,00 pessoas, atuando na china e mantendo relações comerciais com mais de 80 países, onde foram tratados assuntos institucionais e também a COFCO corporation, empresa pública chinesa, um dos maiores fabricantes de alimentos, importador e exportadora da China, com cerca de 100.000 empregados, se mostrou bastante interessada principalmente na importação de soja e carnes de bovinos, aves e também iniciar a negociações em relação a carnes de suínos. Resultado da Missão: Hoje Rio Verde é conhecido nas três principais cidades da China (Xangai, Hong Kong e Pequim), pelo potencial na produção de grãos, aves e suínos de maneira sustentável. Inclusive, as empresas chinesas já sinalizaram, positivamente, o interesse em ampliar as importações desses produtos do Brasil. De acordo com o prefeito Juraci Martins e com o secretário de Educação Levy França, ficou marcada para junho uma missão de empresários chineses que serão recebidos em Rio Verde, onde virão analisar as possibilidades de investimento na região. Na oportunidade, Rio verde oferecerá aos chineses a opção para financiamento de custeio agrícola, investimento em novas plantas industriais de armazenamento e esmagamento de soja e na melhoria da logística para escoamento da safra, criando, por exemplo, uma ramificação da ferrovia norte-sul. A Prefeitura de Rio Verde também mobilizará os produtores de soja para que participem diretamente das negociações com chineses, visando ampliar as oportunidades de negociação, neste caso, criando mais um canal de comercialização para grãos diretamente com as empresas chinesas. Segundo Benedito Rosa, o mercado chinês está lá, mas não é só chegar e vender, pois ele precisa ser conquistado. O empresário chinês valoriza muito a presença do poder público nas negociações, transmitindo segurança para se fazer investimentos de longo prazo. Dessa forma a prefeitura de Rio Verde saiu na frente mostrando que os esforços serão no sentido de facilitar os investimentos. Juraci Martins e Levy durante seminário Levy troca ideias com chineses Secretário e Prefeito assistem atentamente às palestrasPrefeito ressalta potencial econômico de Rio Verde Levy apresenta potencial de soja, aves e suínos da Cidade