Autoridades municipais e estaduais, envolvidas direta ou indiretamente, no desenvolvimento da agricultura em Goiás, além dos Conselheiros do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE) e representantes de classe, se reuniram na manhã de hoje, 15, para trocar idéia sobre a aplicação de recursos para os segmentos produtivos e os aspectos ambientais decorrentes da atividade.
Em um evento bastante proveitoso, o prefeito de Rio Verde, Paulo Roberto Cunha, e o representante do Sindicato das Indústrias de Fabricação de Álcool e Açúcar em Goiás (Sifaeg), André Luiz Rocha, explanaram suas opiniões, que são divergentes, com relação aos investimentos da cultura da cana-de-açúcar.
Além dos principais expositores, também compuseram a mesa diretora o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Leonardo Veloso e o secretário Executivo do FCO, Ivan Marques.
Na opinião de Leonardo Veloso, Goiás precisa alterar a política atual vigente e descentralizar a aplicação de recursos. “Estamos traçando uma nova ação nesse sentido, que beneficiará principalmente, as regiões menos desenvolvidas do Estado, que são a norte e a nordeste”.
Paulo Roberto Cunha defendeu o zoneamento agrícola no Estado. Para ele, os usineiros que dependem de recursos altos devem fazer empréstimo com o BNDES, que tem mais dinheiro, enquanto que o FCO atenderia a um grupo mais diversificado. Em sua explanação, o prefeito de Rio Verde ressaltou os prejuízos causados pela expansão desordenada da cana e falou sobre a lei, de sua autoria, que limitou o plantio da cana a 10% da área agricultável de Rio Verde.
A tese de Paulo Roberto foi elogiada por todos os presentes, que ressaltaram que a criação da lei é a indicação do caminho certo. O projeto já foi copiado por alguns municípios brasileiros e apresentados para mais de 50 cidades, de sete Estados distintos.
Em contrapartida, André Luiz Rocha, acredita que não deve haver restrições na liberação de recursos para qualquer segmento do setor produtivo.
As opiniões foram ouvidas atentamente pelos Conselheiros do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), órgão que promoveu o evento, e serão devidamente analisadas para possíveis tomadas de decisão.