No dia 04 de fevereiro celebra-se o dia mundial do câncer. Entre as doenças crônicas não-transmissíveis, o câncer é a segunda causa de morte, atrás apenas das cardiovasculares. A cada ano no Brasil há 500 mil novos casos de câncer, segundo dados do INCA.
Entre 2000 e 2007, os investimentos do Ministério da Saúde com a doença aumentaram em 20% ao ano, passando de R$ 200 mil para R$ 1,4 bilhão, em 2007. Anualmente, são internados cerca de meio milhão de pacientes em todo o país. Todos os meses, 235 mil procuram os ambulatórios para fazer quimioterapia; 100 mil para fazer radioterapia. Grande parte dos investimentos é direcionada na luta contra os tumores mais incidentes entre os brasileiros, como os da mama e do colo do útero.
O câncer do colo do útero é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva.
Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada. Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chance de cura.
Em relação ao câncer de mama, nos últimos oito anos, o Brasil aumentou em 118% a oferta de mamografias e em 73% as ultrassonografias das mamas. A queda na mortalidade em cidades, como São Paulo e Porto Alegre, que lideram as estatísticas de novos casos, indica que o país está no caminho certo. Mesmo assim, no Dia Mundial do Câncer, a UICC alerta que é necessário intensificar as medidas de controle.
Segundo a UICC, o câncer custou US$ 1 trilhão à economia global em mortes prematuras e invalidez, sem considerar os custos médicos. O impacto econômico da doença é 20% maior do que o das cardiovasculares. Estudo da ONG American Cancer Society, maior porta-voz da sociedade civil norte-americana para assuntos relativos a câncer, os tumores custam mais em produtividade do que a Aids, a malária, a gripe e outras doenças infecciosas.
Através de uma parceria com a secretaria de saúde, o Hospital do Câncer é o responsável pelos diagnósticos e encaminhamentos de pacientes para tratamento contra o câncer como quimioterapia e radioterapia fora do Estado. Segundo dados do HC, no ano de 2010 foram notificadas 11 alterações em resultados de mamografia, além de duas em exames de colo de útero.