Promover a inclusão em todas as unidades da rede municipal de ensino de Rio Verde é uma das estratégias da Secretaria Municipal da Educação para garantir o direito à educação de qualidade para todos os 25 mil estudantes atendidos na rede. A multiplicidade de ações, projetos, programas e os investimentos contínuos feitos em acessibilidade, materiais adaptados e formação continuada dos profissionais da área têm sido fundamentais para promover a inclusão escolar em turmas do Ensino Fundamental, Educação Infantil e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Atualmente, a rede de ensino atende 584 alunos público alvo da inclusão. Eles recebem atendimento em período regular e, no contra-turno, participam de atividades específicas que são desenvolvidas nas salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Os 420 professores de apoio e intérpretes são altamente capacitados, eles estabeleceram uma rotina de planejamento para aulas voltadas à promoção do desenvolvimento e da participação efetiva dos estudantes com a deficiência intelectual, física, baixa visão/cegueira, auditiva e transtorno de espectro autista.
Quando há indicação – seguindo os critérios da Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva – um profissional de apoio auxilia o estudante com necessidade educacional especial no período em que está na unidade. A liberação deste profissional ocorre a partir da observação quanto ao nível de comprometimento e características individuais em relação à locomoção, higiene e alimentação. São diferentes ações que se aplicam a partir de cada necessidade específica, mas com um mesmo propósito que é o de garantir acesso e permanência da criança e do estudante no processo de aprendizagem com qualidade. Essas ações seguem o princípio de Equidade adotado nesta gestão, de oferecer oportunidades para o desenvolvimento de todos a partir das necessidades específicas de cada um, diz a Coordenadora da Inclusão da Secretaria Municipal da Educação, Renata Rodrigues.
Enzo Gabriel, de 05 anos, estudante da Escola Municipal Nusa Machado, no Bairro Parque das Laranjeiras, é um exemplo de como a inclusão nas unidades de ensino municipal acontece e vem somar no desenvolvimento das crianças. Filho da professora Denise Mayara Santos Oliveira, o garoto foi diagnosticado com autismo. Esse ano os pais decidiram trazer o filho para a rede municipal já que na rede particular não encontraram escolas com professor de apoio. “Em poucos meses já percebemos um desenvolvimento significativo, uma melhora muito grande na interação social, na coordenação motora, então estamos satisfeitos com os resultados que tem trazido muitos benefícios para o Enzo" afirma Denise, comemorando o aprendizado do filho: "temos notado bastante evolução, e a gente sabe que foi devido essas mudanças desse ano, ele se desenvolveu muito mesmo, ele já consegue escrever o nome dele e realiza outras atividades. A escola que meu filho estuda hoje existe inclusão”.
Outro fator que garante a inclusão na escola é a acessibilidade, que torna o espaço em um ambiente de igualdade, de aprendizagem e de convivência. “É um processo gradual e que ensina muito a nós, não há como negar que eles trazem para a gente muito aprendizado, eu tenho buscado novas metodologias e isso têm me engrandecido na parte pedagógica, o meu modo de ensinar tenho visto com outros olhos. O ensinar é compartilhar, socializar fazendo com que esses estudantes possam se sentir naturalmente integrados à vida em sociedade e, principalmente, na escola”, destaca a professora regente Márcia Helena dos Santos.
Mais uma importante frente de trabalho no processo de inclusão escolar é o curso de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), ofertado gratuitamente pela Secretaria de Educação à comunidade rio-verdense. O curso nos níveis básico e avançado sempre abre as inscrições no início e meio do ano, com o objetivo de capacitar o participante a se comunicar por meio da Libras de uma maneira prática e dinâmica, contando com material impresso, vídeos, exercícios e explanações ministradas por professor surdo e ouvintes.
Texto: Jeanne Barreto
Imagens: Donizete Carvalho