Goiás é o quinto maior Estado canavieiro do País – Em Rio Verde a expansão da cana é limitada

O interesse mundial pelo etanol está fazendo com que o setor sucroalcooleiro seja um dos que mais cresça em Goiás. A expansão da atividade começa a encontrar restrições em Rio Verde, no sudoeste goiano. O aumento da demanda nos mercados interno e externo por açúcar e álcool combustível, o etanol, tem sido responsável pela expansão da indústria canavieira no Brasil. Goiás se tornou alvo de novos investimentos diante da possibilidade real de construção de um alcoduto da Petrobras, que vai ligar Senador Canedo, no entorno de Goiânia, ao Porto de São Sebastião, em São Paulo. A expansão do setor em todo o País está relacionada também ao crescimento de carros bicombustíveis, à elevação do preço do petróleo e produtos climáticos e ambientais. O estado de São Paulo é o maior produtor de etanol, mas a rápida expansão da cana já faz de Goiás o quinto maior Estado canavieiro do País. Atualmente, existem 15 usinas em funcionamento e 60 pedidos de incentivos fiscal para instalação de novas usinas, dos quais 37 já foram aprovados pelo Governo Estadual. Estudos do Instituto de Economia Agrícola estimam que em 2015, 12 milhões de hectares serão ocupados por cana-de-açúcar, para uma produção de 26 bilhões de litros de álcool e 900 mil toneladas de cana. Duzentos e oitenta mil hectares de terra em Goiás já são ocupados pela indústria canavieira, mas este crescimento acelerado começa a enfrentar restrições. Entre o plantio e a colheita, consome um ano e meio, e como ocupa grandes espessões de terras, desestimula a rotatividade de culturas. A falta de diversificação da atividade econômica provoca desemprego no campo e concentração de renda. Esses e outros motivos têm levado alguns municípios goianos a limitar a área destinada ao plantio de cana-de-açúcar. Em Rio Verde, no sudoeste do Estado, uma lei municipal destina apenas 10% da área agricultável do Município, por safra para o cultivo da cana. A lei ainda impede a queima da palha dos canaviais a menos de 20 km do perímetro urbano. O secretário de Indústria e Comércio, Avelar Macedo, é radicalmente contrário à indústria da cana no Município e fora dele. “A diversificação das atividades no Município é que caracteriza sua grandeza. O Brasil, segundo todos os economistas e sociólogos precisa da distribuição de renda. Através do agronegócio nós conseguimos promover essa distribuição e justiça para todos”, disse Avelar. Fonte: TV Serra Dourada – 12/06/07

Goiás é o quinto maior Estado canavieiro do País – Em Rio Verde a expansão da cana é limitada

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