A região Centro-Oeste e o Estado de Goiás foram temas das duas últimas edições da revista Dinheiro Rural - A revista do agronegócio brasileiro. Na edição de maio, o assunto tratado foi o vazio sanitário, medida adotada pelos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão e Minas Gerais para dar fôlego à safra de verão, retardando o aparecimento da ferrugem asiática. Os estados de Goiás e Mato Grosso foram os primeiros a adotar a medida na última safra e comemoram o sucesso. De sete aplicações na safra 2005/2006, as intervençõs caíram para duas em 2006/2007, em regiões como Chapadão do Céu e Rio Verde, em Goiás.
Na edição de junho, a região Centro-Oeste foi citada durante entrevista com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que adianta as medidas do pacote que irá beneficiar os agricultores e os pecuaristas do país, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) agrícola. Para o ministro, a criação do programa seria fundamental para atacar as origens da crise e de imediato serão estudadas medidas em oito pontos. “Um dos grupos vai estudar a questão da infra-estrutura do Centro-Oeste, que é crítica. O problema é que todo o deslocamento de grãos e de carnes se deu para o Centro-Oeste e a infra-estrutura e a logística são extremamente caras, precárias e difíceis. Insisto. Há produção, mas não renda”, explica Reinhold.
A edição relata ainda que um dos maiores produtores de grãos entrou de vez na mira do setor sucroalcooleiro. O repórter se refere ao quarto produtor de etanol do País, o estado de Goiás, que já vive a onda de expansão provocada pelo anúncio da construção de um alcoolduto que ligará a cidade de Senador Canedo ao porto de São Sebastião, em São Paulo. Às 16 usinas instaladas devem se somar oito construções, além de 22 em fase de aprovação. O sindicato das indústrias de Àlcool de Goiás espera que a produção goiana de álcool seja 41% maior na safra de 2007/2008. Em três anos, o Estado pretende ser o segundo maior produtor do País, só atrás de São Paulo.
“O alcoolduto vai garantir a rápida ascensão do etanol no Estado”, afirma o secretário estadual de Agricultura, Leonardo Veloso. Com a tubulação capaz de transportar até seis bilhões de litros de álcool, o Estado deve superar a carência de logística para ambicionar o mercado externo.