Goiás aposta no crescimento da cultura do tomate
outras atividades realizadas. Para incentivar a produção do tomate industrial em Goiás, o Governo do Estado criou o Fundo de Participação e Fomento à Industrialização – Fomentar. Os objetivos do Programa são incrementar a implantação e a expansão de atividades industriais, preferencialmente as do ramo da agroindústria, que efetivamente contribuam para o desenvolvimento sócio-econômico do Estado, oferecer apoio técnico e financeiro às atividades dos setores de micro, pequenas e médias empresas. Além disso, apoiar o desenvolvimento de grandes empreendimentos industriais, considerados de maior relevância sócio-econômica para Goiás e estímulo à industrialização. Aposta no crescimento - De acordo com Machado, existe boa relação entre produtor e indústria. Esta contrata o produtor e exige fidelidade, fornecendo os insumos, recomendações técnicas e preço determinado antes do plantio aos produtores. Eles cultivam o tomate e retornam para a indústria, que fabrica a polpa e os produtos finais. "Existe integração entre indústria e produtor, mesmo porque o tomate é um produto perecível", explica. O produtor cultiva, planta e colhe o fruto, enquanto a indústria faz o processamento, transformando-o em polpa. "Antes, as indústrias vendiam apenas essa polpa para os atacadistas, mas hoje elas já produzem os produtos finais. Hoje, a cadeia é completa, desde plantio, colheita até industrialização dos produtos prontos", finaliza.
Na produção, utiliza-se alta tecnologia, sempre irrigada e em constante desenvolvimento . A cada ano a produtividade é superada. Nos últimos cinco anos, houve acréscimo de 15 toneladas por hectare, passando de 70 para 85 ton/ha, afirma o engenheiro agrônomo da Unilever/GO, Rafael de Rezende. A produção, segundo ele, é praticamente vendida no mercado interno. Apenas cerca de 3 a 5% deve ser exportada. Ele afirma que as perspectivas futuras para a cultura são boas devido ao crescimento do País, mas "não acredito na expansão visando o mercado externo, por causa da deficiência do Brasil em logística e problemas cambiais. Na visão de Leonardo Veloso, Goiás conseguiu ocupar posição de destaque na produção do tomate industrial, vai continuar mantendo e aumentando ainda mais. "Uma das grandes preocupações dos produtores, juntamente com a Secretaria de Agricultura, o Ministério da Agricultura e entidades do setor é dar sustentabilidade para a cultura", afirma. Vivaldo também é otimista quanto ao crescimento. "Acredito que a tendência é melhorar cada vez mais. As indústrias, em Goiás, estão todas em expansão. Esse ano, por exemplo, a fábrica da qual faço parte, em Morrinhos, plantou em 600 hectares, mas para o ano que vem a meta é aumentar em 50%", finaliza.
Fonte: ASCOM SEAGRO