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O jornal O Estado de S.Paulo, na edição desta segunda-feira, 21, traz reportagem intitulada "País precisa de docentes em filosofia e sociologia", com subtítulo "Disciplinas se tornaram obrigatórias por lei sancionada no mês passado". A reportagem (pg. A-15) informa que o Brasil precisa de 15 vezes mais professores de filosofia e 40 vezes mais de sociologia para que todas as escolas de ensino médio passem a ter aulas das duas disciplinas. A obrigatoriedade foi instituída por lei no mês passado, depois de um debate que durou décadas. Estudo feito pelo Ministério da Educação (MEC) mostra a dificuldade que as escolas terão para se adaptar à nova legislação. Além da falta de docentes dessas áreas, há ainda material didático insuficiente e poucos estudos sobre um currículo atual de sociologia e de filosofia. A menção a Goiás está em matéria correlata, intitulada "Todas as escolas de GO oferecem as matérias" e mostra que, um ano antes de se tornar lei, Goiás, de forma vanguardista, já vem cumprindo um requisito importante para a formação humanística dos estudantes — São Paulo, por exemplo, só vai instituir as disciplinas em 2009. Eis a íntegra do trecho que se refere a Goiás: "Goiás é um exemplo de Estado que já tem todas as suas escolas de ensino médio com aulas de sociologia e filosofia desde 2007, por determinações locais. As aulas ocorrem só uma vez por semana e em, no máximo, dois anos de ensino médio. Mesmo assim, não há professores suficientes. Segundo o superintendente do ensino médio de Goiás, Marcos Elias Moreira, 50% dos docentes são licenciados em filosofia e sociologia." "Nos municípios pequenos não há professores e eles contratam historiadores", conta. Nesses casos, segundo ele, o governo vai passar a oferecer cursos de especialização. O Estado está abrindo concurso para novas vagas de professores de sociologia e filosofia para se adaptar à nova lei." |