Em Rio Verde, a cultura da reciclagem e controle de resíduos é uma iniciativa da atual gestão que se preocupa em buscar novos meios de reduzir os impactos gerados pela produção de resíduos, cuidando do verde e fomentando a sustentabilidade. Nós, como cidadãos conscientes, precisamos fazer a nossa parte e saber que cada entulho tem a sua destinação correta.
Muitos ainda insistem em jogar os entulhos em lotes baldios, áreas abertas e até mesmo em áreas de preservação ambiental, mas é importante que as pessoas entendam que o lixo jogado no meio ambiente é uma agressão contra a natureza e caracteriza crime ambiental. A fiscalização ambiental do município está atenta a esse tipo de infração, que gera multa altíssima com valor acima de R$ 6 mil podendo ser preso em flagrante.
De acordo com o Secretário de Ação Urbana e Serviços Públicos, Luiz Pasquim, “hoje nós já solucionamos 50% desse problema, e chegaremos a zerar quando todos tiverem a consciência do cuidado com os lixos no bairro, na cidade, no nosso verde". Para o secretário, a Prefeitura deu condições para que a população tivesse locais adequados para o descarte de resíduos da construção civil, móveis usados e restos vegetais (como podas de árvores, jardinagens e capina), sem prejudicar o meio ambiente, quando em 2017 foram abertos quatro ecopontos, localizados nos bairros Monte Sião (na Rua Paulo Camilo Souza, nº 90), Nilson Veloso (na Alameda dos Buritis, nº 170), Jardim Helena (na Alameda Beija Flor, nº 105) e Gameleira II (na Rua RG-9 nº 67, Qd. 4).
Os ecopontos funcionam de segunda a sexta-feira das 08h às 11h30 e das 13h às 17h30, aos sábados das 8h às 11h, mas os horários poderão ser expandidos: "Estamos analisando para estender os horários de atendimento no fim de semana", afirma Pasquim.
A preocupação de algumas pessoas, inclusive dos moradores próximos aos ecopontos, era do espaço virar um lixão, mas o Secretário afirma que é possível comprovar que não é: "não tem mal cheiro e o que temos aqui dentro é só material seco, tudo devidamente separado, não é permitido o descarte de lixo doméstico - pois temos os caminhões de coleta de lixos que já fazem a retirada, eletrônico ou hospitalar, nem animais mortos e material químico de qualquer natureza". E o melhor: o espaço segue atendendo os moradores e quem mais precisa descartar este tipo de material, "sejam os pedreiros, carroceiros, dentre outros trabalhadores que têm nos ecopontos um lugar adequado para deixar os materiais”, finaliza Pasquim.
Para o pedreiro Juarez Ferreira, os ecopontos vieram para ajudar no processo do seu trabalho sem se preocupar: “ficou ótimo, eu venho sempre descarregar os entulhos e sei que estou fazendo de maneira correta”. Já o Zélio Xavier da Silva, que há 25 anos é carroceiro, contou que antes não tinha um lugar certo para jogar os entulhos: “eu até sabia que o que estava fazendo não era o certo, mas a gente não tinha um lugar, hoje não, eu sei que aqui posso descarregar os matérias de construções e venho até 3 vezes por dia, melhorou demais pra mim”.
Cultura da Reciclagem
Os ecopontos fazem parte das políticas municipais de controle de resíduos e reciclagem, que também envolvem diversas outras ações. Nossa cidade já conta com uma “Cooperativa de Reciclagem” que, com o apoio da Prefeitura, só no ano passado retirou mais de 400 toneladas de resíduos recicláveis que normalmente iriam para o aterro controlado.
Os Pevs - Pontos de Entrega Voluntária, são peças-chave da coleta seletiva e da reciclagem. Temos Pevs em frente à algumas escolas municipais, prédios públicos e diversos outros locais na cidade, onde pode se descartar todo o lixo seco reciclável como metal, vidro, plástico, papel e eletrônicos. Estes resíduos são recolhidos pela cooperativa de reciclagem e transformados em matéria-prima para a fabricação de novos produtos. A Prefeitura conta também com o programa "Descarta Fácil”, onde é destinado uma média de 240 toneladas por mês de pneus para a reciclagem.
Além disso, muito em breve estará funcionando a “Usina de Reciclagem de Resíduos de Construção Civil”. A fábrica está sendo instalada em uma área de 40 mil m², será administrada pela própria gestão municipal e terá capacidade para processar 40 toneladas de entulho por hora. O entulho, que hoje vai para o aterro controlado, será transformado em tijolos, meio-fios, manilhas e material para pavimentação de estradas. A previsão é de que a usina comece a operar no próximo semestre.
Texto: Jeanne Barreto
Imagens: Donizete Carvalho/ Washington Oliveira