A Prefeitura de Rio Verde, por meio da secretaria de saúde e Programa Municipal de DST/Aids elaborou, em parceria com a Fesurv, um Projeto de Extensão, denominado Projeto Educar DST/Aids com o objetivo ministrar palestras sobre prevenção de Aids em escolas e empresas.
O projeto conta com a participação de alunos voluntários, professores da universidade dos cursos de enfermagem e psicologia, além da equipe multiprofissional do Programa Municipal de DST/Aids. Os alunos são previamente selecionados para a atuação nas atividades de prevenção em DST/Aids.
No dia 27 de agosto, a psicóloga do Programa Municipal de DST/Aids Luciana Martins Moraes foi convidada pela Coordenação do curso de psicologia da Fesurv para realizar uma atividade educativa com os alunos do curso em homenagem ao dia do psicólogo. Foi ministrada a palestra “Sociodrama Construtivista da Aids” para 100 alunos de psicologia dos 10 períodos do curso no auditório do prédio central administrativo, com a colaboração da assistente social do Programa Municipal de DST/Aids, Eliamar Ferreira Arantes. Segundo a psicóloga foi possível acessar os sentimentos, medos, mitos, crenças acerca do uso do preservativo masculino e feminino e prevenção do HIV/Aids em uma dinâmica integrativa e co-construída entre os participantes e também foram rediscutidos e reavaliados as vulnerabilidades e comportamentos preventivos adotados pelas pessoas, bem como a sua eficácia. O sociodrama construtivista da Aids surgiu da articulação teórica e técnica de dois ramos de conhecimento – o Sociodrama e o Construtivismo social. A partir da filosofia existencialista do SOCIODRAMA, Zampieri, 1996, buscou o conhecimento da realidade no “aqui e agora”, para a implantação desse método preventivo de ensino. Busca assim, a desconstrução do que seja a Aids imaginária, em seus aspectos constitutivos de mitos, crenças e valores em relação à doença, sexo, gênero, drogas e morte; com seus significados contextualizados; pela externalização do tema protagonista Aids – por meio da concretização do cenário social onde se estabelece esse tema – pela dramatização dos vários papéis sociais e a busca de novas respostas, espontâneas e criativas, pretende chegar à apreensão da Aids biológica, seus meios de transmissão, sintomas e prevenção. A educação preventiva da Aids não pode ser resumida ao conhecimento de suas formas de transmissão e comportamentos de risco, mas dirigida aos grupos em suas especificidades de diferenças entre ser feminino ou masculino, na construção do que seja poder entre eles, do que seja sexualidade, fidelidade e parceria. A Aids deixa de ser uma doença grave compreendida por sua definição cientifica e biológica e passa a ser uma questão de interpretação e significação de uma rede complexa de entendimento da cultura brasileira. Assessoria de imprensa 3602 8100