Está acontecendo desde o dia 31 de maio e se encerra na tarde desta quinta-feira, 2, o Curso de Preservação, Conservação, Produção e Manejo em Fruteiras e Espécies do Cerrado, no sindicato rural de Rio Verde. Palestras com especialistas no tema fizeram parte da programação do evento. No primeiro dia, os temas abordados foram a Cadeia Produtiva de Fruteiras do Cerrado, Sustentabilidade Econômica de Fruteiras do Cerrado e Comercialização, Preservação do Cerrado: Reserva Legal, entre outros assuntos.
Segundo a Secretária de Agricultura, Marion Kompier, o objetivo do curso é informar mais o sobre o potencial do cerrado, que pode ser considerado como reserva legal. Ela explica que a reserva legal é constituída por lei que determina que 20% da propriedade rural tem que ter uma cobertura florestal e essa cobertura pode ser de frutas do cerrado. O lado positivo de plantar cerrado na reserva legal é que além de estar na lei o cerrado pode ser explorado. “A nossa meta é aumentar a área de cobertura. Para isso os produtores têm que ter muita conscientização e envolvimento,” ressaltou Kompier. No segundo dia os temas foram Agroextrativismo, Agroindústria, Plantas Medicinais, Associativismo, Cooperativismo, Associativismo e Arranjo Produtivo de Fruteiras do Cerrado. O participante Helio Divino, que é extrativista de óleos de plantas do cerrado, sugeriu a criação de um jardim botânico em Rio Verde. “Seria um lugar onde todos podem trabalhar, buscando a preservação e recuperação de nossas espécies.” Helio ainda cita uma planta que tem uma demanda mundial, chamada de “Nó de cachorro”, que praticamente desapareceu do cerrado. “O jardim botânico servirá para replicar, ter um banco de espécies. Poderíamos fazer um consórcio com os fazendeiros para recuperar as áreas degradadas e fazer do lugar um local de estudos fora das faculdades,” explanou o Extrativista. A Secretária gostou da ideia e se predispôs a elaborar um projeto para a realização de um jardim botânico. “Ele também poderá ser uma nova opção de lazer e turismo para os rio-verdenses,” disse. Com todo aprendizado e novas ideias, no último dia do curso, os participantes foram a campo e puderam ver na prática o que foi falado na teoria. “Todos que estão aqui gostam e querem melhorar o meio ambiente, vivendo, tendo uma renda e ao mesmo tempo cuidando do cerrado,” finalizou. Fotos: Washington Oliveira Os participantes do curso participaram tirando as suas dúvidas Léo Lince explicou sobre as frutas do Cerrado