Brasil reduz em 30% os casos de hanseníase - Prefeitura Municipal de Rio Verde
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postado em 01 fev 2010 em Secretaria de Saúde

Brasil reduz em 30% os casos de hanseníase


Queda de casos novos em menores de 15 anos também indica a diminuição sustentável da transmissão ativa da doença. Número de serviços de referência aumentou 21% em dois anos
 
Levantamento do Ministério da Saúde aponta que os casos novos de hanseníase caíram 30% em cinco anos. O total de casos por 100 mil habitantes na população geral passou de 29,37 para 20,56 entre 2003 e 2008. Os dados preliminares de 2009 apontam que o coeficiente baixou para 16,72 – o indicador ainda precisa ser consolidado para comparação. Na transmissão entre menores de 15 anos, adotado pelo governo brasileiro como principal indicador de monitoramento da endemia para transmissão ativa da doença, o coeficiente baixou de 7,98 para 5,89, no mesmo período (em 2009, foi de 4,67, segundo dados preliminares). Neste domingo (31), celebra-se do Dia Mundial de Combate à Hanseníase.

“Temos intensificado as parcerias e as ações de comunicação e educação, no sentido de manter o diagnóstico dos casos existentes. É importante que todas as pessoas com manchas brancas ou vermelhas ou áreas dormentes no corpo procurem os serviços de saúde”, alerta a coordenadora geral do Programa, Maria Aparecida de Faria Grossi. Para a coordenadora a melhora nos indicadores de menores de 15 anos indica uma queda consistente. Isso acontece mesmo com uma expansão sistema de diagnóstico e tratamento, ou seja, com a ampliação de pessoas estão sendo avaliadas pela rede pública.

Em relação ao controle e prevenção da doença no Brasil, o levantamento do Ministério da Saúde mostra a expansão do número de unidades de saúde que fazem tratamento da doença. Entre 2007 e 2009, a quantidade de serviços aumentou em 21%, de 7.828 para 9.473, o que corresponde a um incremento de 1.645 unidades que atendem os pacientes de hanseníase em tratamento em três anos. Dessas, 75% estão concentradas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que registram os maiores coeficientes de detecção da doença.

INDICADORES – Na última sessão do Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 19 e 23 de janeiro, em Genebra, na Suíça, ficou acertada a realização de uma reunião com especialistas de todo mundo, a ser organizada pela OMS ainda no ano de 2010, para rever os critérios de controle da doença recomendados por essa Organização. Alguns dos temas centrais desta reunião serão a revisão da meta de eliminação e a utilização de indicadores que permitem monitorar o comportamento da endemia de uma forma muito mais sensível e precisa. Estes mesmo indicadores já constam de documento oficial da OMS e foram definidos a partir de uma reunião realizada em Nova Deli – Índia em 2009. Desde 2007, o Brasil utiliza e prioriza como indicador de acompanhamento da endemia o coeficiente de casos de hanseníase em menores de 15 anos.

CENÁRIO – Em números absolutos, o Brasil teve 51.900 casos novos da doença em 2003, 50.565 em 2004, 48.448 em 2005, 43.642 em 2006, 40.126 em 2007 e 39.047 em 2008. Dados preliminares de 2009 mostram que já foram notificados 32.022 casos novos, de acordo com dados do Sistema de Notificações de Doenças e Agravos (SINAN) do Ministério da Saúde.  Os dados oficiais de 2009 serão finalizados até 31 de julho deste ano, considerando que se trata de uma doença crônica e requer um período maior de tempo para a conclusão do tratamento.

Quanto ao percentual de cura, em 2008 o resultado desse indicador foi de 81,2%, o que representou 33.611 pacientes de hanseníase curados. 

SAÚDE PÚBLICA – A hanseníase ainda é um problema de saúde pública no mundo, onde foram notificados 249.007 casos novos, em 121 países, em 2008, dos quais 134.184 (54%) foram detectados na Índia, o país com maior número de casos novos, seguida do Brasil com 39.047 (15%) e da Indonésia com 17.441 (7%). A doença é infecciosa e atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de 2 a 5 anos, podendo ser maior. A doença pode causar deformidades físicas, evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no SUS.
O novo levantamento foi divulgado pelo Ministério da Saúde em Brasília na Semana Mundial de Luta contra a Hanseníase, iniciada dia 25 e que se estende até 31 de janeiro. 

CAMPANHA – Para potencializar as ações de controle e prevenção da hanseníase, o Ministério da Saúde relançou neste mês a Campanha Nacional contra a Hanseníase. O mote da campanha é “Como sei que estou com hanseníase” e o objetivo é estimular a população a procurar unidades de saúde que fazem o diagnóstico e tratamento da doença. Os estados e municípios receberam 7 milhões de folderes e 400 mil cartazes. Entre os dias 28 e 31 de janeiro serão veiculados spots de rádio e vídeos para televisão nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. A exceção será a Região Sul, que tem baixa detecção de hanseníase. Com esta ação, o ministério busca atingir a meta de eliminar a enfermidade e melhorar a qualidade dos cuidados às pessoas com hanseníase.

ATENÇÃO – Além de ampliar os locais onde o cidadão encontra atendimento, diagnóstico e tratamento da doença, a Coordenação Nacional do Programa Nacional de Controle da Hanseníase (CGPNCH) do Ministério da Saúde mostra que 8.178 (90,5%) unidades cadastradas pertencem à rede de atenção primária, especialmente a estratégia de Saúde da Família, o que indica a melhoria da organização dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Para a atenção integral ao pacientes com hanseníase e com suas seqüelas, a CGPNCH tem trabalhado na construção da linha do cuidado em hanseníase, para a organização da rede de atenção em hanseníase primária, especializada ambulatorial e hospitalar.   

 “O fato de termos a maior parte dos tratamentos de hanseníase no nível de atenção primária do Sistema Único de Saúde mostra que a rede tem se organizado, facilitando o acesso do paciente aos serviços. Porém, há muito o que ser feito no sentido da qualificação da atenção. O objetivo é fazer a detecção precoce, fornecer tratamento oportuno e interromper a cadeia de transmissão da doença, com ênfase na vigilância dos comunicantes. Dessa forma, prevenimos as incapacidades, estimulando o autocuidado” afirma Grossi.
No Brasil, o objetivo da política de controle da hanseníase é diagnosticar, tratar e curar todos os casos. Quando confirma a doença em um indivíduo, o serviço de saúde local examina também os parentes e as pessoas com quem o portador tem ou teve contato para identificar outros casos existentes. Dessa forma, é possível reduzir as fontes de transmissão.

Para alcançar esse objetivo, o Ministério da Saúde investe na promoção da gestão pública e da política das ações de controle da hanseníase de forma descentralizada e participativa. As ações envolvem os estados, municípios e sociedade civil, contribuindo para a atenção integral e o cuidado à saúde das pessoas com hanseníase, inclusive as que ficam com sequelas.

Umas das estratégias de controle da hanseníase têm sido a definição e monitoramento de áreas com maior risco de detecção da doença, por meio da delimitação de clusters, que concentram municípios de acordo com o critério epidemiológico. Os 10 maiores clusters incluem 1.173 municípios com 17,5% da população do país e concentram 53,5% dos casos novos diagnosticados de 2005 a 2007. Esses municípios estão, predominantemente, nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os dados coletados e analisados permitem redirecionar a estratégia de atuação da PNCH. (veja tabela 2)

  Tabela 1. Indicadores epidemiológicos de hanseníase - Brasil, 2001 a 2009
Indicadores/ Ano Casos novos 0 - 14 anos Coeficiente detecção 0 -14 anos por 100 mil habitantes  Casos novos geral Coeficiente detecção geral por 100 mil habitantes
2001 3.555 6,96 45.874 26,61
2002 3.862 7,47 49.438 28,33
2003 4.181 7,98 51.900 29,37
2004 4.075 7,68 50.565 28,24
2005 4.010 7,34 48.448 26,86
2006 3.444 6,22 43.642 23,37
2007 3.048 6,07 40.126 21,19
2008 2.913 5,89 39.047 20,56
2009 2.296 4,67 32.022 16,72
Fonte: Sinan/SVS-MS – 2009 dados preliminares      
    Tabela 2. Estados e regiões que compõem os 10 maiores clusters brasileiros  
Cluster (nº) Estados de abrangência Regiões
1 Maranhão/Piauí/Pará/Tocantins    Norte/Nordeste
2 Mato Grosso/Goiás/Tocantins      Norte/Centro Oeste
3 Rondônia/Mato Grosso                Norte/Centro Oeste
4 Bahia/Minas Gerais/Espírito Santo Nordeste/Sudeste
5 Pernambuco Nordeste
6 Piauí/Ceará/Paraíba/Pernambuco/Bahia Nordeste
7 Amazonas/Pará/Amapá Norte
8 Piauí/Bahia Nordeste
9 Minas Gerais/Goiás Sudeste/Centro Oeste
10 Rondônia/Acre/Amazonas                Norte
  Distribuição das unidades de saúde com pacientes de hanseníase em tratamento por região:   Centro-Oeste: 1.397   (15%) Nordeste: 4.477          (47%) Norte: 1.216                (13%) Sudeste: 1.682            (18%) Sul: 701                       (7%) Total – 9.473              (100%)   Fonte: Portal da Saúde


 

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