Aconteceu na manhã de hoje, 12, uma audiência pública para se discutir como será o processo de implantação do sistema de monitoramento de reeducandos da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Rio Verde. A solenidade de abertura oficial do evento, que aconteceu no Tribunal do Júri do fórum do município, contou com presença maciça de autoridades, como: o secretário de Administração, José Carlos Pimenta Cabral, na oportunidade representando o prefeito Juraci Martins; o procurador geral do município, José Mário Vieira de Paula e Silva; o juiz da vara criminal de Rio Verde, Javahé de Lima Junior; o diretor geral da Agência Prisional de Rio Verde, Weber de Paula; o delegado da 8ª Delegacia de Polícia e representante da polícia civil de Rio Verde, Danilo Fabiano Carvalho; o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Rio Verde, Fábio Losi; o deputado estadual, Karlos Cabral; como representante da Polícia Militar do município, capitão Airton; os vereadores Lindomar Barros, José Antônio e o presidente da Casa de Leis, Idelson Mendes; o presidente do Conselho Municipal de Segurança, Manoel Divino. Além, de presidentes e representantes de várias entidades de classe de Rio Verde, da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (AGSEP), dos setores de indústria e comércio da cidade, demais secretários e gestores municipais, magistrados e advogados que atuam no ramo aqui no município. Em seu discurso para abrir oficialmente o encontro, o juiz Javahé de Lima Junior, enfatizou a importância de o sistema penal de Rio Verde passar a contar com o monitoramento dos presos por meio de tornozeleiras eletrônicas. “A ideia é fazer com os reeducandos de Rio Verde possam voltar, aos poucos, para o convívio social, buscando novas oportunidades no mercado de trabalho e estudar, por exemplo. O custo de um preso ser monitorado pela tornozeleira é bem menor do que mantê-lo encarcerado”, disse o magistrado. Em seguida, o gerente de informática da AGSEP, Danilo Diniz, que também é agente prisional em Goiânia, explicou como irá funcionar o sistema e ressaltou que o mesmo já é utilizado, desde a década de 90, em vários países do mundo. Segundo ele, no Brasil, esse monitoramento já é realizado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e Rondônia “A intenção é resolver o deficit de vagas no sistema prisional na cidade e no estado, colocando reeducandos de baixa periculosidade no regime domiciliar. É uma forma de eles, controlados pela tornozeleira, conviver de novo com a família e com a sociedade como um todo. Os demais estados que estão na iminência de implantar o sistema, além de Goiás, são: Espírito Santo, Amazonas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, comentou Danilo. Ele salientou também, durante sua palestra, que o custo mensal será de R$ 315,00, por preso com a tornozeleira instalada e em monitoramento, o que ainda é bem mais vantajoso do que mantê-lo encarcerado, pois o valor que se gasta por mês com cada reeducando na CPP é de cerca de R$ 2.800,00. “Quero deixar claro que Rio Verde será o primeiro município a receber o sistema, em caráter de experiência, no estado. Muitos de vocês devem estar se perguntando se o sistema é confiável. Sim, é confiável, porque se o lacre da tornozeleira, por qualquer motivo, for rompido, a central de monitoramento recebe o aviso e aciona uma viatura da polícia para se averiguar o que pode ter acontecido. Além disso, em qualquer lugar que o preso estiver, ele é monitorado pelo sistema. A bateria que mantém a tornozeleira funcionando tem duração de um ano e ela pode ser molhada que não se danifica facilmente”, disse. Conforme Danilo, em princípio serão adquiridas mil unidades da tornozeleira. Ao final da palestra, o evento foi aberto para debate e os presentes puderam tirar dúvidas. Por enquanto, não há data específica para a implantação do sistema em Rio Verde, mas, conforme informações repassadas, isso deve acontecer em breve.