Depois do trabalho de meses em reuniões e planejamento, a Prefeitura de Rio Verde, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Superintendência de Meio Ambiente, lançou oficialmente do programa “Produtores de Água” (Programa de remuneração para preservação das microbacias) e a Associação dos Produtores de água da Microbacia do Ribeirão Abobora. O evento foi nesta quinta-feira, 24, data especialmente escolhida por se tratar do dia do Rio, no auditório Cleber Reis Costa (Prefeitura de Rio Verde).
Para comemorar este dia tão importante, o engenheiro agrônomo da Emater, Romeu Soares Filho, foi convidado para explanar sobre Microbacias Hidrográficas. O palestrante ressaltou que a preservação da água não é só para o futuro. Ele lembra que a água já esta cara e que a falta de cuidado com as microbacias causará uma escassez ainda maior dela. “O preço de um litro de água potável esta em torno de R$ 1,50, enquanto o litro de gasolina custa o dobro. Se a água chegou a este preço hoje, imaginem no futuro? E lembrando que sem gasolina nós sobrevivemos, mas sem água não,” disse Romeu. Outra palestrante da noite foi a engenheira química do programa, Ursula Guerra, que falou sobre as características da água que está poluída e, também, da potável. “Iremos acompanhar a qualidade da água das microbacias que os produtores estarão preservando para sabermos se a preservação está sendo correta,” disse a palestrante. Para apresentar o programa, a secretária de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Meio ambiente de Rio Verde, Marion Kompier, explicou seus procedimentos, ressaltando como será feito o pagamento aos produtores que participarem do programa deu detalhes do mesmo. “Fomos os primeiros a lançar o programa “Produtores de Água” em Goiás e isso se deve às nossas parcerias com os produtores, faculdades, entidades relacionadas e ao Prefeito Juraci Martins, que sempre tem nos apoiado.” Marion também contou que o trabalho de conclusão de curso de Renata Pereira Furtado facilitou o andamento da elaboração do programa. Segundo a secretária, o projeto constava de um diagnostico das microbacias do Ribeirão do Córrego Abóbora e isso fez com que a Prefeitura tivesse um ponto de partida no programa. Para a estudante, ver seu projeto sair do papel foi uma grande realização. “O meu trabalho durou dois anos, foi em campo, procurei as nascentes e diagnostiquei quais estavam preservadas ou não. Tive muita ajuda da Ana Gomes e do Benjamim Ferreira, que são produtores da região e hoje estão engajados neste programa,” conta Renata. A orientadora deste trabalho foi a professora Regina Celi, que destacou o apoio dado pela Prefeitura para a viabilização do projet.o “Parabenizo a secretaria por incentivar este projeto tão importante para a preservação das nascentes,” disse a orientadora. O coordenador do programa “Produtores de Água”, o engenheiro Agrônomo, Abel Elias, explica que estão sendo feitas novas visitas as nascentes das microbacias e que das 29 propriedades do Ribeirão Abóbora, 10 já foram visitadas pela equipe da prefeitura e muitas estão bem cuidadas. “Se o produtor fizer uma cerca adequada e cuidar das matas ciliares, as nascentes vão sendo restauradas.” Fotos: Náira PenteadoRepresentantes de várias entidades relacionadas à preservação ambiental lotaram o auditório da Prefeitura
Ursula Guerra falou sobre as características da água que está poluída e, também, da potável
Romeu Soares Filho durante palestra sobre Microbacias Hidrográficas
Marion Kompier agradeceu ao apoio dado para a viabilização do projeto
Representantes da Associação do Produtores de Água da Microbacia do Ribeirão Abóbora